12 novembro, 2024

Falem bem ou mal mas falem do cinema nacional - Medida provisória

 


Em tempos de tantas medidas políticas urgentes e fragmentadas, *Medida Provisória*, primeiro filme de Lázaro Ramos como diretor, emerge como um grito de resistência, uma reflexão sobre a identidade, a justiça e a busca por um lugar no mundo. Baseado na peça homônima de Renato Fontana, o filme constrói uma distopia que não parece distante, e ao mesmo tempo, extrapola as fronteiras do medo e da raiva para colocar em jogo as relações humanas em um cenário de violência institucionalizada.

O enredo se passa em um Brasil de futuro próximo, onde uma medida provisória absurda é instaurada: todos os negros do país devem se registrar e deixar o Brasil, ou se sujeitar a serem deslocados para uma espécie de "território próprio", uma segregação racial. O filme, ao adaptar a peça para as telas, acentua o absurdo da proposta com uma sensibilidade muito própria de quem conhece profundamente as feridas do Brasil.

A história se concentra em Antônio (vivido por Alfred Enoch) e sua esposa, a médica Marivalda (Taís Araújo), que vivem o dilema de uma mudança forçada para o exterior, longe da terra natal e das suas raízes. A medida provisória, mesmo que não explicite de forma literal, carrega no seu âmago uma alegoria sobre a histórica e contínua diáspora negra, que nunca teve realmente a chance de repousar sobre sua terra, sua identidade e sua memória.

Em termos cinematográficos, Lázaro Ramos opta por um ritmo envolvente e uma estética que mistura o surreal com o dramático. A fotografia, com tons quentes e escuros, traz um tom de melancolia, mas também de intensidade. As personagens enfrentam o dilema de pertencer e não pertencer ao Brasil, uma sensação que, infelizmente, muitos negros, em diferentes contextos históricos e sociais, já experimentaram em carne e alma.

O filme também não se esquiva de abordar o sistema racista com uma violência disfarçada de “normalidade”. As relações sociais, nesse Brasil distópico, são dominadas pela precariedade de um estado que decide quem pertence a ele e quem não pertence. A sociedade, dividida pela brutalidade das medidas, reflete a própria herança colonial que nunca deixou de existir. O Brasil, com suas múltiplas camadas de exclusão, revela sua face mais crua e ao mesmo tempo, desolada.

O que é notável em *Medida Provisória* é a força de seus personagens centrais. Antônio e Marivalda não são apenas vítimas, mas também são símbolos da luta, da sobrevivência e da resistência. Eles buscam resgatar um espaço que é negado a eles pela própria estrutura social. Em uma das cenas mais tocantes do filme, eles discutem as possibilidades de fuga, de resistência, de adaptação. “Vamos para onde?”, pergunta ela. Ele responde: “Para onde é que a gente sempre foi…?” A questão do exílio, da busca por um lar que nunca foi plenamente conquistado, atravessa o filme com uma intensidade emocional palpável.

Lázaro Ramos não oferece respostas fáceis, mas provoca o espectador a refletir sobre as raízes da nossa história. A "medida provisória" do título é uma metáfora para tudo o que se constrói à margem, para as “leis” que excluem, que tentam apagar a memória e silenciar vozes. O filme se configura, assim, como um convite ao questionamento de quem somos e a quem pertencemos, a um convite para repensar a nossa relação com o outro e com a nossa história.

*Medida Provisória* não é apenas um filme sobre o futuro, mas sobre o que já vivemos, sobre a dor histórica que atravessa gerações, sobre as perguntas ainda sem respostas, sobre o deslocamento — físico e emocional — de uma população que é constantemente desconstruída. A beleza do filme está, então, no modo como ele nos força a olhar para o abismo e perceber que, mesmo no caos da distopia, a luta por um lugar no mundo continua a ser a nossa maior medida provisória.


25 outubro, 2024

Falem bem ou mal, mas falem do cinema nacional - Mussum



Em uma tarde ensolarada, quando a cidade pulsava entre risos e lembranças, assisti ao filme que retrata a vida de Mussum, o icônico membro dos Trapalhões. A tela se iluminou e, de imediato, o ambiente se transformou em um laboratório de nostalgia.

Mussum, com seu jeito irreverente e carisma inconfundível, não apenas fez rir, mas também se tornou um símbolo de um Brasil que, em suas contradições, sempre soube encontrar leveza. O filme, mais do que uma biografia, é um tributo à sua essência: a mistura de humor, cultura e um toque de crítica social, tudo temperado com aquele famoso "cachaça", que, no seu caso, era sinônimo de alegria.

As cenas se desenrolavam como uma boa roda de samba, com ritmos que variavam entre momentos de risadas descontroladas e reflexões profundas sobre a vida de um artista que, apesar das adversidades, sempre buscou o riso como resposta. A infância humilde de Mussum, suas aspirações e sua trajetória até se tornar um ícone foram retratadas de forma sensível, lembrando que por trás do palhaço existe um ser humano com sonhos e desafios.

Os atores que interpretaram Mussum e seus companheiros fizeram um trabalho admirável, capturando a essência do que foi o humor da época. As piadas, os bordões, a famosa gargalhada—tudo estava ali, como um eco do passado que ressoava nas memórias coletivas de uma geração. A risada não era apenas uma resposta ao humor, mas um reconhecimento do papel que Mussum desempenhou na vida de muitos.

No final, enquanto os créditos subiam, senti que o filme não apenas celebrava Mussum, mas também nos lembrava da importância de rir da vida. A mensagem era clara: em tempos difíceis, o humor é uma forma de resistência, e Mussum sempre será um mestre nessa arte. Com um sorriso no rosto, deixei o cinema, pensando que, assim como ele, devemos sempre encontrar espaço para a alegria em nosso cotidiano. E, claro, para uma boa cachaça de vez em quando.

26 setembro, 2024

Falem bem ou falem mal mas falem do cinema nacional - O pastor e o guerrilheiro

 


O filme "O Pastor e o Guerrilheiro", dirigido por José Eduardo Belmonte, nos convida a uma profunda reflexão sobre a história do Brasil, mais especificamente sobre os traumas deixados pela ditadura militar. A trama, que se desenrola em diferentes épocas, entrelaça as histórias de personagens que, apesar de trajetórias distintas, se encontram conectados por um passado marcado pela violência e pela opressão.

Na década de 1960, acompanhamos João, um jovem idealista que se junta à guerrilha na Amazônia, e Zaqueu, um pastor evangélico preso injustamente. Ambos se encontram na prisão, onde a ideologia e a fé se confrontam, mas também se complementam. A amizade que nasce entre eles, forjada no sofrimento e na esperança, cria um vínculo que transcende as diferenças.

Já nos anos 1990, conhecemos Juliana, filha ilegítima de um coronel que se suicida. Ao descobrir que seu pai foi um dos responsáveis pelas torturas sofridas por presos políticos, ela inicia uma jornada em busca da verdade e da justiça. É através de um antigo diário que Juliana se depara com a história de João e Zaqueu, e com a promessa de um encontro marcado para o ano 2000.

O filme de Belmonte é uma obra que nos emociona e nos provoca. Ao retratar as consequências da ditadura militar, ele nos mostra como as feridas do passado continuam abertas e como a busca por verdade e justiça é um processo doloroso e complexo. A direção impecável, as atuações convincentes e a fotografia cuidadosa contribuem para criar uma atmosfera densa e envolvente.

"O Pastor e o Guerrilheiro" é um filme que nos convida a refletir sobre o nosso passado e sobre a importância da memória. Ao mostrar como a história de um país se constrói a partir das experiências individuais, o filme nos faz questionar o nosso papel na sociedade e a nossa responsabilidade em relação às gerações futuras.

É um filme que nos lembra que, mesmo em meio às maiores adversidades, a esperança e a solidariedade podem prevalecer. A amizade entre João e Zaqueu é um exemplo inspirador de como a fé e a compaixão podem superar as diferenças ideológicas e religiosas.

Em suma, "O Pastor e o Guerrilheiro" é um filme essencial para quem busca compreender a história do Brasil e os desafios que enfrentamos como sociedade. É uma obra que nos emociona, nos provoca e nos faz pensar.

13 setembro, 2024

Falem bem ou falem mal mas falem do cinema nacional - Nosso sonho (Claudinho e Buchecha)



Na selva de concreto do entretenimento nacional, um filme chega para dar aquela sacudida nos espectadores e deixar a concorrência com cara de "ainda em pré-produção". Estamos falando de "Nosso Sonho", a cinebiografia que nos transporta para a era dourada dos anos 90, quando Claudinho e Buchecha eram a sensação do funk e não havia playlist sem um "Nosso sonho". A produção traz um frescor nostálgico e, ao mesmo tempo, uma série de cenas que fazem você se perguntar: "Ué, será que eu estava sonhando ou isso realmente aconteceu?".

O filme abre com uma sequência digna de clímax musical: Claudinho e Buchecha cantando e dançando como se não houvesse amanhã. É como se o diretor quisesse deixar claro logo de cara que a história desses dois ícones é uma verdadeira montanha-russa emocional, com direito a altos e baixos que fariam qualquer montanha-russa de parque de diversões parecer um passeio de carrossel. O ritmo frenético  garante que até os mais céticos acabem batendo o pé e cantando junto, mesmo que o último "Quero te encontrar" tenha sido um pouco antes da virada do milênio.

A produção não economiza em detalhes. Cada cena é meticulosamente montada para capturar a essência dos anos 90, desde o estilo de cabelo até a moda extravagante. É um verdadeiro desfile de tendências que fazem você se perguntar se, por um breve momento, o estilo camisa de jogo de hokey e boné voltou a ser uma tendência. O figurino é tão emblemático que você quase espera encontrar alguém fazendo o passinho da mão como eles faziam.

E não podemos esquecer dos momentos mais profundos e emocionantes. Afinal, a trajetória de Claudinho e Buchecha não é apenas sobre festas e sucessos musicais, mas também sobre desafios e superações. Aqui, o roteiro mergulha de cabeça nas dificuldades pessoais e profissionais enfrentadas pelos protagonistas. É quase um "Vai que Cola" com pitadas de drama e uma boa dose de humor, ressalto a discussão para manter a palavra "adjudicar" na letra.

Mas o verdadeiro trunfo do filme é a forma como ele lida com a nostalgia. Ele não é apenas uma viagem ao passado, mas uma celebração vibrante da influência cultural que Claudinho e Buchecha tiveram na música brasileira. É um lembrete de que, mesmo com as mudanças de tendência e os novos ídolos do momento, a influência desses dois não se apagou. Ao contrário, ela continua brilhando, como uma luz de neon que nunca se apaga.

Assistam. Vale a pena!

26 agosto, 2024

Falem bem ou mal, mas falem do cinema nacional - Nas ondas da fé


 


Uma Comédia que Faz Pensar

Marcelo Adnet mais uma vez nos presenteia com sua comédia peculiar em Nas Ondas da Fé. O filme, que satiriza o universo das igrejas neopentecostais, nos leva a uma jornada hilária e, ao mesmo tempo, reflexiva sobre fé, ambição e a busca por um lugar ao sol.

Hickson, interpretado por Adnet, é um homem simples e cheio de fé que sonha em ser radialista. Ao conseguir um emprego em uma rádio evangélica, ele se vê diante de um mundo repleto de personagens excêntricos e práticas questionáveis. A comédia surge da contraposição entre a ingenuidade de Hickson e o cinismo de alguns dos personagens que o cercam.

A trama, além de divertir, levanta importantes questões sobre a manipulação da fé, a busca por poder e a exploração financeira em nome da religião. O filme não tem medo de fazer críticas contundentes, mas o faz com leveza e bom humor, evitando o tom panfletário.

Letícia Lima interpreta Jéssika, a esposa de Hickson, que o apoia incondicionalmente em seus sonhos. O casal forma uma dupla carismática e cativante, que nos faz torcer por sua felicidade. Os demais atores também entregam ótimas performances, como Thelmo Fernandes no papel do apóstolo Adriano, um líder religioso ambicioso e manipulador.

Nas Ondas da Fé é um filme que diverte, mas também nos faz pensar sobre a importância de questionar e refletir sobre nossas crenças. É uma comédia que não se leva a sério demais, mas que, ao mesmo tempo, aborda temas sérios com inteligência e sensibilidade.

Em resumo, Nas Ondas da Fé é um filme que vale a pena ser visto por aqueles que apreciam uma boa comédia e que gostam de filmes que provocam reflexão. A atuação de Marcelo Adnet está impecável e a direção segura garante um ritmo ágil e divertido.

05 agosto, 2024

Falem bem ou mal, mas falem do cinema nacional - Evidências do amor



"E nessa loucura de dizer que não te quero. Vou negando as aparências, disfarçando as evidências..."

Este filme, para mim se tornou uma referência em comédia romântica brasileira, mistura amor, humor e principalmente, a nossa estética social e visual. Tem cena externa pra gente identificar São Paulo, botecos, avenidas, estrada no interior, balada, festinha, beira mar, de tudo um pouco.

O filme foi lançado esse ano nos cinemas e ja está disponível na plataforma de streaming MAX.

Porchat e Sandy, nos convidam a uma jornada sentimental embalada por uma das músicas mais românticas da música brasileira. A comédia romântica, explora a complexidade dos relacionamentos amorosos e as lembranças que nos acompanham ao longo da vida.

A trama gira em torno de um casal que se apaixona intensamente após um dueto inesquecível de "Evidências". A canção, que serve como fio condutor da narrativa, se transforma em um portal para as lembranças mais marcantes do relacionamento. No entanto, à medida que o filme avança, a magia inicial começa a se desfazer, revelando os desafios e as frustrações inerentes a qualquer união.

A química entre Porchat e Sandy é evidente em cena, transmitindo a autenticidade de um casal apaixonado. Os atores conseguem equilibrar momentos de grande leveza e humor com outros mais introspectivos e emocionantes. A direção de Pedro Antônio Paes explora de forma inteligente a dinâmica entre os personagens, utilizando recursos visuais e sonoros para intensificar as emoções.

Um dos pontos altos do filme é a trilha sonora, que além da icônica "Evidências", conta com outras canções que acompanham a evolução da história de amor. A fotografia também merece destaque, com cenas que capturam a beleza e a melancolia da cidade de São Paulo, cenário principal da narrativa.

"Evidências do Amor" é um filme que nos faz refletir sobre a importância das lembranças e sobre como elas moldam nossa identidade. A história de Marco e Laura é um lembrete de que o amor é uma jornada complexa e cheia de nuances, e que as cicatrizes do passado podem influenciar o futuro.

Em resumo, a comédia romântica brasileira é uma obra que encanta pela sua simplicidade e pela sua capacidade de emocionar o público. A atuação impecável de Fábio Porchat e Sandy, aliada a uma d

"Evidências do Amor" é um filme que nos convida a embarcar em uma jornada sentimental inesquecível. Uma comédia romântica que diverte, emociona e nos faz refletir sobre a complexidade dos relacionamentos amorosos.

Vale a pena assistir. 

Beijo

21 maio, 2024

Falem bem ou mal, mas falem do cinema nacional - Dois é demais em Orlando


        

   Talvez já tenha um tempinho, um mês, semestre ou até anos. Mas todo mundo já assistiu algum filme brasileiro no cinema. Mas a gente tem que aumentar o nosso apreço pela nossa sétima arte, e não adianta vir com a frase pronta dizendo que não tem filme bom ou que só tem violência, drogas e sexo. Já tem mais de uma década que estamos produzindo todos os gêneros, escolhe o seu e pesquise, talvez o problema esteja aí. Onde achar filmes nacionais? Ao longo do texto eu dou algumas pistas, mas antes… 

No feriado, a convite inesperado de minha amada, surgiu a proposta de ir ao cinema. Eu que amo as telonas nem quis saber o filme, mas me agradou muito quando fiquei sabendo que era um filme nacional. Uma dessas comédias que parecem bestas, mas bem divertidas, a história é de um camarada que precisa levar o filho de sua chefe até o pai em Orlando, nos Estados Unidos, chegando lá, eles vão ficando juntos e a trama desenvolve. “Dois é demais”, até o nome é simples, acho que muita genialidade também não serviria para um filme como esse. Tenho que confessar, me arrancou algumas risadas. Vale a pena, o garoto dá um show a parte, agora deixei com você a curiosidade e a decisão de ir.
Voltando a discussão sobre a qualidade do cinema brasileiro, parte do problema passa pela dificuldade de não termos uma indústria nesse setor, o que Hollywood(EUA) e Bollywood (Índia) produzem em volume e qualidade, está esclarecido em um mercado que emprega fixamente muitas pessoas e gera uma economia considerável para seus países. No Brasil, foi consolidado nos anos 90 a teledramaturgia, exportamos para o mundo inteiro, além dos nossos comerciais publicitários criativos. O mercado do streaming (Netflix, Prime, Disney…) migrou o público para novas telas, mas com a mesma necessidade: Conteúdo. Assumo que gosto muito das produções nacionais que encontro no catálogo dessas empresas, mas assistir na sala de cinema é outra emoção, mexe com o coração da gente. Mesmo com dificuldades, o cinema brasileiro no primeiro trimestre de 2024 já superou todo o ano de 2023, segundo a Agência Nacional de Cinema, Ancine. O que precisamos é de mais espaços para os filmes nacionais, talvez de um site com todas as produções disponibilizadas. Tem muita coisa boa, mas até para pesquisar fica difícil.

Eu já baixei muito filme na internet, mas vou confessar, filme nacional é muito difícil achar, principalmente os que não fazem publicidade. Tem filme que ficou menos de uma semana em cartaz. Politica como a cota de telas que obriga um mínimo de produções brasileiras nas telonas ajudam a equilibrar o jogo, mas precisamos continuar lutando pela nossa indústria. O Cinema americano é quase hegemônico em nosso país, a gente não precisa ser tão dependente de uns heróis o ano inteiro. Como alguém consegue achar graça em uma piada americana? Eles comem no café o que colocamos em um sanduíche, 

Bom, o meu conselho é que ao menos uma vez por ano você fortaleça nossa cultura, assista uma produção nacional com mais uma pessoa e comente. Critique o que precisa mudar, mas não deixe de falar do cinema nacional.



Escrito por Thiago Maroca (thiagomaroca@gmail.com)

Autor, produtor audiovisual, bisbilhoteiro, curioso e uma meia dúzia de coisas que não cabem nesse espaço


03 maio, 2024

E.M.E.I Mundo Mágico


 Escola Municipal de Educação Infantil Mundo Mágico 

Último dia do festival Itinerante


O 16° e último dia do Festival Cine Lobeira Itinerante 2024 foi realizado na Escola de Ensino Infantil Mundo Mágico, na sexta-feira dia 03/05. Como em todas as escolas em que estivemos os alunos começam agitados e ansiosos, mas durante a exibição dos filmes a concentração aumenta e a participação dos alunos no festival é garantida. As crianças já possuem uma paixão especial pelos filmes infantis, e ampliar sua visão de mundo, ajudar na construção coletiva de audiovisual, para além do cinema norte-americano, também, é um dos objetivos do projeto do Cine Lobeira Itinerante. E com o fim da mostra, nas escolas, os filmes exibidos e outras produções estarão disponíveis no site www.cinelobeira.com.br, a partir 10 de maio, e os conteúdos diversos ficarão disponíveis por dois anos, para toda a família.


02 maio, 2024

Escola Municipal Leolino de Jesus Soares (Escola Municipal Valparaíso II)

 


Escola Municipal Leolino de Jesus Soares (Escola Municipal Valparaíso II)

15° e penúltimo dia da mostra 2024

Um dos maiores orgulhos do Festival Cine Lobeira Itinerante são as pessoas, de diferentes idades, participando das nossas sessões e se encantando com os filmes. Nesta quinta-feira, dia 02/05, foi nosso 15° e penúltimo dia da mostra 2024. Estivemos na Escola Municipal Leolino de Jesus Soares (Escola Municipal Valparaíso II) com os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). O Cine Lobeira tem priorizado a exibição de filmes que abordam assuntos que tenham foco educacional e pedagógico. O objetivo é levar o entretenimento, a cultura e o lazer aos estudantes de qualquer idade, para que todos possam desenvolver seu raciocínio crítico, tenham acesso a outros pontos de vista e conheçam outras realidades além daquela em que vivem.

30 abril, 2024

Escola Municipal Ayrton Senna


Escola Municipal Ayrton Senna

14º dia do festival

Desta vez, foram 22 turmas nos dois turnos da Escola Municipal Ayrton Senna, na Gleba B. Nosso maior público até agora. Apresentamos o 14° dia do Festival Cine Lobeira Itinerante no pátio da instituição, nesta terça-feira, 30/04. A escola organizou outros eventos no mesmo dia, mas nossa mostra ocorreu como de costume, e exibimos dois filmes por sessão, num total de 7 sessões. Pela manhã com os alunos menores os filmes foram mais lúdicos, pela tarde a pedido da direção, um dos filmes foi sobre a Amazônia, uma vez que a coordenação está trabalhando com o tema do meio ambiente com os alunos do vespertino. É motivo de grande satisfação para nós aceitar esses pedidos da direção, pois abraçamos este projeto entendendo a importância do que ele representa, pois o audiovisual tem o poder de ajuda a comunidade escolar a refletir sobre assuntos que repercutem no mundo e na nossa sociedade.


 

29 abril, 2024

Escola Municipal Paulo Freire

 


Escola Municipal Paulo Freire

13º dia da mostra itinerante

A sala escurinha e o ar condicionado propiciaram um clima de cinema para o 13° dia do Festival Cine Lobeira Itinerante, realizado nesta segunda-feira 29 de abril, na Escola Municipal Paulo Freire, no bairro Marajó. Ter uma boa estrutura para exibição dos filmes faz toda a diferença para a concentração e imersão dos alunos no universo cinematográfico. Muitos desses jovens não têm a oportunidade de ir, com frequência, ao cinema em função das condições socioeconômicas, e o contexto social onde estão inseridas. Portanto, acreditamos que a escola exerce um papel fundamental para inserir os alunos em uma atividade cultural e lúdica, permitindo uma experiência ímpar na rotina dessas crianças.

22 abril, 2024

Escola Municipal Chico Mendes

 



Escola Municipal Chico Mendes

12º dia da mostra itinerante


O 12° dia do Festival Cine Lobeira Itinerante ocorreu no turno matutino da Escola Municipal Chico Mendes, nesta segunda-feira 22 de abril. Foram mais de 150 alunos e professores assistindo os curtas-metragens da nossa mostra. Abraçamos este projeto por toda a importância do que ele representa, pois ele proporciona lazer aos alunos, aliado a conteúdos pedagógicos, possibilitando o aprendizado fora da sala de aula, por meio do cinema. Já estamos na reta final do nosso festival, mas ainda temos muitas escolas para visitar... Continue acompanhando nossas redes sociais.

19 abril, 2024

CMEI Aquarela das Letras


CMEI Aquarela das Letras

11º dia do festival


Tivemos uma agradável surpresa na visita ao CMEI Aquarela das Letras, nesta sexta-feira, 19 de abril. A personagem Emília da obra infantil "Sítio do Picapau Amarelo", estava junto às crianças interagindo e brincando com elas como parte das comemorações pelo Dia Nacional do Livro Infantil, e o aniversário do escritor e pai da literatura infantil Monteiro Lobato, data celebrada na última quinta-feira, (18). A presença da personagem nos proporcionou uma experiência sem igual, para que pudéssemos assistir os filmes em uma sessão única para todos os alunos do CMEI nos dois turnos. Acreditamos que o acesso à cultura, seja em livros ou no audiovisual, também é um direito fundamental para os mais jovens. Esperamos, sempre que possível, promover novas oportunidades às crianças.

 

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